quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DICA DE LIVRO - O Mundo pós-aniversário

O mundo pós-aniversário é um livro sobre possibilidades, sobre mundos paralelos e também sobre o quanto é difícil a escolha que, por mais que seja feita com absoluta certeza, sempre existirá a pergunta em nossa mente “e se eu tivesse feito diferente?” Irina McGovern é uma mulher de 40 anos, ilustradora de livros infantis,tem uma vida tranquila e estável em londres, gosta muito de cozinhar e de comer pipoca todas as noites ao lado de seu marido Lawrence Trainer, um viciado em televisão e profissional de pesquisas econômicas e políticas, leal e displinado, trabalha num prestigioso centro de estudos estratégicos. Num dia, uma colega de profissão a convida para jantar, para comemorar o aniversário de seu marido Ramsey Acton, um jogador de sinuca. O encontro no dia do aniversário de Ramsey se repete por vários anos até que num determinado aniversário, Jude (a colega) e Lawrence não podem comparecer ao aniversário de Ramsey e então cabe a Irina levar o amigo para jantar. Ramsey Acton é um jogador de sinuca no topo do ranking desse esporte. Elegante e extravagante. Durante o jantar, Ramsey conquista Irina e então um beijo acontece ou quase acontece. E a partir desse ponto a história se divide em duas: de um lado temos a Irina que beijou e se apaixonou por Ramsey e foi viver sua história de amor. Do outro lado temos a Irina que não beijou Ramsey e continuou confortável em sua vida de sempre, sem novidades, tudo correndo como um rio sem força. Lionel Shriver foi genial pela forma como dividiu a história, e como certas coisas se repetem nos dois mundos, ela poderia ter caído no abismo da mesmice, mas ela conseguiu surpreender nas duas histórias. E eu fico pensando no processo de criação do livro, como ela fez? Escreveu uma história, e depois a outra, ou foi realmente intercalando capítulo por capítulo as possíveis vidas de Irina? Adorei a narrativa, como ela dispos os capitulos, intercalando as duas hitórias. E o que mais me surpreende nesse livro não é saber quem realmente é a melhor opção para Irina, quem seria seu verdadeiro amor, mas as consequencias de cada escolha, o decorrer da historia. O legal é analisar suas motivações mais intimas e o resultado de suas escolhas diante de dois homens de temperamentos diatrealmente opostos, mas honrados , cada um a sua maneira. O que eu mais gosto é como ela retrata o "talvez" que intriga todos nos... quem nunca pensou sobre aquele outro caminho que poderia ter tomado?? seu tivesse tomado aquela outra decisão como seria?? Um blog retratou muito bem a lição tirada desse livro: "Eu considero um livro bom quando, mesmo que passe o tempo, a história bate à sua porta e lhe entrega a verdade, ou então lhe deixa com dúvida sobre o que fazer. Alice deveria mesmo ter seguido o coelho? O mundo pós-Aniversário me causará isso, tenho certeza, pois o que mais fazemos nesta vida é querer acertar nas nossas escolhas para que o “e se isso ou aquilo” não nos perturbe demais. Mas eu tenho um trunfo agora, que antes eu ficava em dúvida sobre a veracidade dele, e agradeço Lionel Shriver por me ajudar nessa: “O momento é tudo.”"

domingo, 27 de novembro de 2011

A Fúria dos Reis

Nossa terminei o segundo volume das cronicas de gelo e fogo. Do meio do livro até o final eu literalmente engoli o livro. Não conseguia parar de ler. Os meus personagens favoritos desde o primeiro volume foi o Tyrion Lannister o Duende com sua inteligencia , meu anti-herói favorito deixou aquela sensação de como que ele iria lidar com a irmã Cersei com a guerra iminente. A DAENERYS também com sua ingenuidade mas também com sua maturidade e o final dela no primeiro livro com os Dragões deixo aquele gostinho de quero mais. Arya Stark é a minha filha de Eddard Stark favorita com sua esperteza. O Final dela no primeiro volume também deixou aquela sensação de "o que será que vai acontecer com ela" pelo menos ela conseguiu fugir. E Finalmente o Jon Snow, com sua história e própria guerra, totalmente diferente da guerra que está para acontecer em Westeros. A Própria Guerra na Muralha contra seres inimagináveis. Eis então que logo em seguida começo a ler o segundo volume. O Começo não me agradou tanto como o primeiro volume. Mas finalmente aparece Stannis que no primeiro livro ele era onipresente. Não apareceu mas sempre presente nas conversas e pensamentos dos personagens. O que destacou nesse segundo livro foi a questão religiosa. Que antes já tinha os Antigos Deuses que Eddard Stark era devoto. Os Sete Deuses , os atuais que seriam a Mãe, A Donzela, O Guerreiro, O Estranho, O Pai, e com Stannis apareceu a Dama de Vermelho com o Deus da Luz. E a medida que a guerra ia acontecendo a tentativa de manter um Deus ou outro era uma guerra em si só. A História de DAENERYS não desenvolveu tanto como eu imaginava, mas é verdade que os Dragões tem que crescer amadurecer. E ela também, mas o final dela no livro garante que a luta dela pelo Trono de Ferro deu um passo a frente. Sendo que nesse Segundo volume ficou meio que estagnado. Jon Snow deu uma reviravolta surpreendente, finalmente os Patrulheiros da Noite avançaram para além das muralhas e depararam com criaturas e selvagens. O Final dele também ta me deixando ansiosa pra saber como ele vai se virar nas atuais circunstancias. Tyrion Lannister também foi surpreendente, ao mesmo tempo ele quer proteger e família dele, e também colocar Cersei no lugar dela... e cada sacada dele, ele é o Cara... muito inteligente, sarcástico. O meu personagem favorito!! Nesse volume uma das coisas que mais gostei foi a presença dos Lobos Gigantes. Fortaleceu os laços deles com as crianças. Eles são uma projeção a mais de Arya, Robb, Rickon, Brandon e Jon. Os sonhos de lobos foram fantásticos, os detalhes tão rico que agente sente como se fosse o próprio lobo. A História de Arya foi fantastica, tinha momentos que eu falava " não acredito que aconteceu isso" ela deu uma reviravolta e ainda terminou de um jeito que eu fiquei sem palavras... preciso urgente comprar o Terceiro volume... E Brandon??? perfeitoooooo.... a história dele, nesse volume foi para mim a melhor ... num momento achei que ele tinha ido e no final ele nunca saiu de onde ele deveria ficar... tipo... fantástico!!! Empolgação a mil né??? Ai ai... só sei que Martin supreende a cada pagina, a cada capitulo... e pensa numa pessoa ansiosa pelo terceiro livro!! To indo hoje na saraiva comprar... depois conto mais sobre a Saga! Eu sou daquelas que quando começa um livro, não consigo parar. ainda mais quando tem uma saga a seguir!!! No mais até o próximo post bjos bjos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bem pessoal voltando hoje com um post fofinho , vamos dizer assim!!! Eu adoro noivinhos de bolos de casamento sabe? e encontrei cada um mais lindo que o outro na internet! Na verdade andei passeando por alguns sites e blog de casamento e encontrei este em que a Fernanda Floret que é a dona do Blog e tem uma mania muito fofa de colecionar Noivinhos!! então aqui vou compartilhar alguns dos que eu achei os mais fofos.
E para aquelas que estão organizando o seu casamento, ou simplismente se interessa pelo assunto... esse site eu recomendo!!! Bjoks

domingo, 23 de outubro de 2011

Filme de Clint Eastwood "Além da Vida"

Aqui vou falar de um filme que foi lançado no começo desse ano, tinha visto várias críticas sobre ele mas fui deixando e enrrolei não assistindo ao filme, até que num sábado chuvoso, a base de um macarrão delicioso e um bom filme, tava com vontade de assistir um filme a altura. Eis que na locadora o primeiro filme que bato o olho é "Além da Vida" , nem pensei duas vezes , já peguei ele para alugar. E valeu a pena, sou fascinada por Clint Eastoowd, adoro seus filmes e suas atuações também. Como esquecer do maravilhoso "Menina de Ouro"?? Gran Torino , Invictus, Cartas de Iwo Jima, A Conquista da Honra e A Troca , entre váriooooos outros. ainda não consegui assitir todos os seus filmes, mas é uma das minhas metas!!! Enfim , voltando ao filme de hoje, eu fiquei curiosa como ele abordaria o tema sobra a vida após a morte, a experiencia de quase morte, sendo este um assunto que me deixa bastante curiosa. E atualmente os temas espiritas tem sido bastante abordados e conquistando bilheterias dignas de respeito no âmbito nacional. O Filme não é espirita, mas ele aproveita alguns dos elementos que nos acostumamos a ver em produções com essa temática, mas não dá grande importância a isso. A trama de Além da Vida costura três histórias distintas, passadas em São Francisco, Londres e Paris. Depois de uma experiência de quase-morte na Tailândia (em uma sensacional sequência de abertura de um Tsunami), a jornalista Marie Lelay (Cécile de France) retorna à França para se descobrir mudada para sempre após uma experiencia de quase morte. Enquanto isso, em São Francisco, o operário de usina de açúcar George Lonegan (Matt Damon), sofre pressão de seu irmão (Jay Mohr) para voltar às lucrativas leituras mediúnicas de seu passado. Em Londres, o menino Marcus (vivido pelos gêmeos George e Frankie McLaren) sofre a perda do irmão e a separação da família, com a mãe em tratamento para se livrar da dependência de drogas. Sendo todos eles tem a morte como a personagem principal, e ponto de ligação entre ele. A Trama se desenrrola um pouco devagar , mas Clint joga algumas pistas sucintas na trama em que no final as três histórias acabam se conectando , produzindo um final nada fora do imaginado, um final feliz. Matt Damon no longa, afinal, é um médium de verdade, uma ponte entre os vivos e mortos, mas encara sua habilidade como uma maldição, preferindo fugir dela. Sua condição é algo que serve ao desenvolvimento da história e não à verdade incontestável dos filmes doutrinários. E Ele foi fantastico também. É interessante ver que um tema , cliche, abordado por uma pessoa tão experientes como Clint o roteiro ganha o seu devido valor e extrai-se do filme outras qualidades e momentos, como a assombrosa sequência inicial, a primeira grande experiência de Eastwood com grandes efeitos especiais. E nesse ponto, o velho cineasta não decepciona.

Natalia Tena fala sobre as gravações da Segunda Temporada de Guerra dos Tronos

Natalia Tena - que interpreta Osha na adaptação para TV da obra de George R.R. Martin - conta bastidores da segunda temporada, que vai ao ar em abril de 2012 em uma entrevista para a VEJA. As gravações da segunda temporada já terminaram? As gravações começaram em julho e devem terminar em dezembro, mas não tenho certeza, porque tudo muda muito, e o tempo todo. A série é gravada em Belfast, na Irlanda, em florestas ou nos sets, com exceção de algumas cenas litorâneas da Daenerys (personagem que disputa o trono, mas reside em uma terra distante do centro de ação dos livros), que foram gravadas no Norte do Marrocos. Como foi o teste para o papel de Osha? Tive que fazer algumas cenas em que ela usava um vestido marrom estranho. A minha personagem é selvagem e tinha que usar correntes nos pés. Era verão na época dos testes e eu tinha comprado um vestido marrom bem sexy. Customizei-o para ficar com um aspecto selvagem e usei correntes. Foi emocionante. Você já tinha lido os livros quando foi selecionada para o elenco? Quando eu consegui o papel, ainda não tinha lido nenhum dos livros. Eu comecei a ler o primeiro livro quando estava em um avião indo para o Brasil (pela primeira vez), no Natal do ano passado. Eu fui a Salvador com toda minha banda. Na mala, levei os cinco livros e dois vestidos. Devorei todos eles durante o período em que estive no Brasil e amei. De repente, percebi que os livros eram incríveis e o meu papel também. Tenho tantos personagens favoritos agora, que eu não conseguiria eleger apenas um. Eu amo as histórias construídas pela irmã do Theon Greyjoy, pela Arya, a Melisandre e o Tyrion. Quanto tempo você passou no Brasil? Ficamos um mês no Brasil, passeando ao redor de Salvador. Conhecemos Praia Grande, Itacaré, Trancoso. Em todos os lugares que fomos, as pessoas dançaram muito com a nossa música. Foi lindo. A generosidade e o espírito brasileiros são realmente incríveis. O texto de Martin é repleto de situações que surpreendem o leitor. Você se lembra te ter ficado ansiosa, ou aflita, durante a leitura? A cena que mais me assustou foi aquela em que Osha aparece pela primeira vez, ainda na primeira temporada. Ali, o autor estabelece como o público vai enxergá-la para sempre. É uma luta em que a Osha ataca o menino Bran. Tivemos de ensaiar, era uma situação delicada. Torci para conseguir fazer a luta parecer real e para dar o tom correto ao personagem. Muitos leitores têm uma curiosidade grande sobre o trono de ferro, que nos livros tem uma descrição detalhada e intensa. Você já o viu em cena? Não, ainda não. Mas eu queria ter um igual no meu jardim ou na minha sala (risos). Eu só gravo com os personagens do Norte, com cenários do Norte. O trono fica no set de gravações das cenas que se passam no Sul. Eu não sei nada do que se passa nas gravações do Sul. Nem conheci os atores que fazem os personagens do Sul. Como é o ambiente de gravações de Game of Thrones em comparação ao de Harry Potter? Ambas são grandes produções. Harry Potter era cinema, portanto tudo tinha uma proporção maior e as gravações fluíam com mais rapidez, em geral. Mas o clima entre as pessoas, os atores é diferente. Harry Potter era uma fantasia mágica com crianças. Game of Thrones é uma história para adultos, sobre violência e luxúria. Você tem uma teoria para o fim da história? Eu não sei de nada, mas como todo mundo que leu os livros, tenho o desfecho que gostaria. Eu queria que a Arya Stark fosse rainha, casada com Gendry. E a Daenerys? Ohhhh, me esqueci da Daenerys! Então eu quero a Arya governando o Norte e a Daenerys como rainha do Sul (risos). A nova temporada, inspirada no volume dois A Fúria dos Reis (Editora Leya, tradução de Jorge Candeias, 656 páginas, 44,91 reais), tem data de exibição marcada para abril de 2012 e conta com novos personagens que se juntam aos já conhecidos para amarrar a trama. Tena, que além de atriz é cantora e tem uma banda chamada Molotov Jukebox, esteve no Brasil em 2010 para apresentar-se com os músicos em Salvador. Em um outro post falo um pouco mais da banda dela, que eu acho inovadora!!! Natalia já havia participado da série de gravações de Harry Potter ,explicou que o elenco se divide entre os diferentes núcleos da história e que as cenas são gravadas separadamente, a maioria na Irlanda e algumas no norte do Marrocos, onde vivem os personagens que fazem parte do universo de Daenerys Targaryen, uma jovem de 15 anos que tenta reaver a coroa que no passado foi de seu pai.

sábado, 22 de outubro de 2011

A Guerra dos Tronos

Aqui estou para falar um pouco da obra que tá dando o que falar não só pelo seu sucesso literário como também o sucesso que se tornou após a exibição da primeira temporada na HBO ... Guerra dos tronos, baseada no primeiro volume da série que de acordo com R.R. Martins será sete volumes. Eu tinha ouvido falar da obra literária mas só me senti atraída a ler depois que assisti o seriado , que vamos combinar FANTASTICO. Planejei fazer uma série de posts essa semana falando desse livro que estou viciada... começei a ler a segunda obra nessa semana ... "A fúria dos reis" e já to quase teminando perdendo algumas horas de sono(o único livro que me envolveu a tal ponto de virar noites lendo foi Harry potter e agora as crônicas do gelo e fogo). Martin diz que planeja escrever sete volumes para a série. Estima-se que os quatro já publicados até agora venderam, lá fora, mais de sete milhões de exemplares, sendo que o mais recente, A Feast for Crows, chegou ao topo da lista de best-sellers do jornal The New York Times. “Meus roteiros eram sempre longos e caros. Eu sempre tinha que enxugá-los. Havia personagens demais, cenários demais. [Os produtores diziam:] ‘Não podemos ter todos esses cenários, não podemos ter essa cena de batalha que você escreveu porque só podemos bancar 12 extras’. Então, acabei voltando para os livros. Eu disse: ‘Não me importo com mais nada daquilo. Vou escrever a maior história que eu puder. Vai ter centenas de personagens, batalhas gigantescas, castelos magníficos e paisagens maravilhosas – todas as coisas que eu não podia ter na televisão’”, disse Martin em uma entrevista para a jornalista Maureen Ryan, do Chicago Tribune. “Romances históricos são maravilhosos de ler, mas o único problema é que eu sei muito de história. Então, eu sempre sei o que vai acontecer. Se você está lendo um romance sobre a Guerra das Rosas, não importa o quanto ele seja bom ou ruim, você sempre sabe quem vai vencer. Com este tipo de coisa [o estilo adotado em As Crônicas de Gelo e Fogo], você pode surpreender as pessoas. É escrito como romance histórico, parece romance histórico, mas você não sabe o que virá a seguir”, disse Martin em entrevista para a jornalista Linda Richards, da January Magazine. A Guerra dos Tronos é ambientado em Westeros, um reino bem parecido com a Europa medieval – com a diferença de que lá o verão e o inverno duram décadas e, num passado não muito distante, criaturas fantásticas como lobos gigantes e dragões realmente existiram. Ou será que ainda existem? A trama principal gira em torno de Eddard “Ned” Stark, nobre protetor das terras do norte, que é convocado pelo rei Robert Baratheon a ocupar o cargo de A Mão do Rei – uma espécie de chanceler, que governa em nome do monarca. Amigo pessoal de Robert, Ned relutantemente aceita a incumbência, movido pelo objetivo de proteger seu rei e investigar uma possível conspiração arquitetada pela própria rainha, a ambiciosa Cersei Lannister, e seu irmão gêmeo Jaime. Aos poucos, no entanto, descobrimos que nem tudo é simples como parece: Robert é, na verdade, um usurpador – anos antes, com a ajuda de Ned, ele havia destronado Aerys II, o chamado “Rei Louco”, representante dos Targaryen, a antiga dinastia que havia unificado os sete reinos que outrora formavam Westeros. A construção dessa intriga palaciana é claramente influenciada pela Guerra das Rosas – o período da história inglesa, na segunda metade do século XV, que foi marcado pela disputa de poder entre as casas York e Lancaster, e que inspirou algumas das peças mais famosas de William Shakespeare, como Ricardo III. Trazer alguns elementos do romance histórico (gênero explorado por autores contemporâneos como Bernard Cornwell) para a fantasia é, aliás, um dos grandes trunfos da obra de Martin. Além dos jogos políticos na corte, o escritor cria um detalhado universo em que não faltam, por exemplo, o complexo relacionamento entre senhores e vassalos, os torneios de cavaleiros e o subestimado poderio dos povos estrangeiros. Também contribui para esse cunho surpreendente da trama o fato de que os personagens-chave são ricamente elaborados. Quem está mais próximo de ser alguém totalmente íntegro é Ned, e mesmo ele tem uma mancha em seu passado – um caso extraconjugal que resultou num filho bastardo, chamado Jon Snow. De resto, em ambos os lados, tanto entre os Stark quanto entre os Lannister há personagens dúbios, que não se encaixam na dicotomia mocinhos-bandidos – e o melhor exemplo disso é Tywin, o anão, irmão de Cersei e Jaime Lannister. É preciso, ainda, destacar a engenhosidade da narrativa. A divisão em capítulos curtos, cada um focado em um personagem, evidencia a influência dos scripts televisivos na escrita de Martin, ao mesmo tempo em que torna a leitura ágil e fluida. E a forma como as subtramas – a marcha (ou melhor, a cavalgada) dos irmãos Viserys e Daenerys Targaryen para reclamar o trono, e a ameaça sobrenatural representada pelos Outros, no norte do reino – são conduzidas, paralelamente à trama principal, permite que elas culminem em um desfecho meticulosamente planejado para deixar o leitor em suspense. Amei Eddard Stark, me apaixonei por Jon Snow, me diverti com Arya, odiei a rainha Cersei e o arrogante do príncipe Joffrey e me irritei com a inocência e estupidez de Sansa. O anti heroi Tyron Lannister me encantou e Daenerys é fascinante com seus treze anos Não posso deixar de falar nos lobos que acompanham os filhos do Lord Stark...são lindos, fieis e ferozes. Cada filho tem seu próprio lobo gigante e os animais parecem ser uma extensão dos personagens. Fizeram toda diferença na história e exerceram um fascínio indescritível sobre mim, sem os lobos, o livro não teria o mesmo colorido. Porém, o desfecho é cruel. O livro termina exatamente no meio de toda ação, enquanto não há nada resolvido e a expectativa está incontrolável.Por isso mau terminei um começei o outro, é viciante. Não tenho palavras para descrever o quão esse livro me conquistou. Já deu para perceber que eu amei o livro? Quer um romance épico com um toque especial de fantasia? Então...não deixe de ler "A Guerra dos Tronos". Esse livro está ocupando um lugar especial no meu coração. Virou meu xodó. No Seriado eu fiquei encantada com a introdução dos episódias, o mapa de Westeros original se renovando ao longo da maravilhosa trilha sonora de Hilario Abad é um compositor espanhol que está criando uma série de músicas. E Para cada música é escolhido um tema relacionado ao livro. Curiosidade: As Crônicas de Gelo e Fogo atualmente é composta por quatro livros e há a previsão de mais três títulos serem publicados. 1.A Game of Thrones A Guerra dos Tronos 2.A Clash of Kings – A Fúria dos Reis 3.A Storm of Swords – A tormenta de espadas 4.A Feast for Crows – O festim dos corvos 5.A Dance with the Dragons – Uma dança com dragões (não lançado ainda) 6.The winds of winter – Os ventos do inverno (não lançado ainda) 7.A Dream of Spring – Um sonho de primavera (não lançado ainda)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

3096 dias Natascha Kampusch




Boa TArde a todos, volto ao blog nesse feriado de segunda feira pra falar um pouco de um livro que me prendeu a atenção por dois dias inteiros e que me cativou, me espantou e me impressionou bastante. Eu acredito que todos conhecem a história de Natascha Kampusch, austriaca, que foi sequestrada no dia 02 de março de 1998 a caminho da escola, e ficou presa em cativeiro durante oito anos, conseguindo fugir o dia 23 de agosto de 2006. Esse caso está até hoje, após quase 5 anos, nas primeiras páginas da Austria e do mundo todo. Acredito que pelo fato que Ela, não se comportou como uma vitima que estamos acostumados a ver na midia, chegando até a provocar o ódio de algumas pessoas. Ela fo diagnosticada com Sindrome de Estocolmo, por as vezes se referir ao sequestrador com simpatia. Mas atraves deste livro Natascha narra com detalhes e com uma visão madura de sua vida no cativeiro, da impressão que só ela tinha do sequestrador, por ser ele o único que ela se relacionou durante oito anos. Como ela leu bastante durante os anos no cativeiro, acredito que esse seja um fos fatores de que a narrativa seja tão coesa e tão lucida. Simplismente não conseguia parar de ler o livro e hoje afirmo que tenho um respeito enorme por essa Mulher. Encontrei na internet uma coluna tão perfeita que me senti na liberdade de transcrever ela aqui no blog, a Eliane Brum,da revista Época, narra a história do livro com tanta veracidade, escolheu os trechos certos do livro para ilustrar o que ela estava falando que tenho certeza que todos que forem ler esta coluna se sentirá com uma vontade loka para ler este livro. Por isso segue a coluna:

A vítima indigesta – Eliane Brum, revista Época

Quase todos se lembram da austríaca que, em 23 de agosto de 2006, fugiu de seu sequestrador nos arredores de Viena. Natascha Kampusch terminava ali 3096 dias de um sequestro iniciado oito anos antes, em 2 de março de 1998. Naquele dia, sem se despedir da mãe depois de uma briga, ela caminhava até a escola quando foi agarrada e empurrada para dentro de uma caminhonete branca por Wolfgang Priklopil, engenheiro de telecomunicações, ex-funcionário da Siemens, jovem, educado, tímido e com enormes problemas com o mundo de fora. E, claro, com o de dentro.

Natascha viveu dos 10 aos 18 anos confinada no porão da casa de Priklopil. Depois dos primeiros tempos, ela alterou o porão com trabalhos duros na parte superior da casa que ajudava a reformar e a limpar. Sempre seminua e na maior parte do tempo com os cabelos raspados para não deixar vestígios. Nos últimos anos apanhava violentamente quase todos os dias e mal conseguia sustentar um corpo coberto por hematomas, cortes e lesões. A submissão era garantida ainda com a baixa ingestão de calorias e às vezes a suspensão total de comida por até dias. Aos 16 anos, Natascha media 1m75 e pesava 38 quilos.

Em 23 de agosto de 2006, Priklopil estava no bem protegido jardim da casa com Natascha, que aspirava os bancos da caminhonete, quando o celular dele tocou. Quando Priklopil precisou se afastar para atender à ligação por causa do barulho do aspirador, ela fez um enorme esforço para vencer a prisão psicológica que depois de tantos anos a paralisava mais do que os muros e escapou pelo portão. Desta vez, Natascha correu. Mais tarde, Priklopil se jogaria diante de um trem.

Este é o resumo da história. E era tudo o que eu sabia até agora porque quando começo a acompanhar esse tipo de caso no noticiário é sempre tão previsível que perco o interesse no segundo dia de cobertura. Há um monstro, louco e muito diferente de todas as pessoas boas e normais que habitam qualquer mundo, seja a Áustria ou aqui. E há uma vítima, frágil e confusa, que merece e precisa de toda a nossa pena. E há o resto de nós, que enquanto emite ahs e ohs diante da tela da TV, se regozija secretamente de que ainda bem que isso só acontece com os outros, que não há monstros morando dentro de nós nem vítimas habitando nossas almas. As tragédias cumprem seu papel de nos assegurar de nossa normalidade – assim como de nossa superioridade. E também por isso fazem um sucesso midiático tremendo.

Qual é a diferença aqui? A diferença é Natascha Kampusch. Para surpresa de seus conterrâneos e do mundo inteiro que disputava sua história (às vezes inventando detalhes sórdidos por achar que os verdadeiros ainda eram poucos), Natascha recusou-se a ocupar o lugar reservado a ela no espetáculo – o de vítima eterna.

Sim, ela dizia, eu fui uma vítima, mas isso não é tudo o que eu sou. Sim, Wolfgang Priklopil é um sequestrador e um criminoso, mas não é um monstro. “A simpatia oferecida à vítima é enganadora”, escreveria ela mais tarde. “As pessoas amam a vítima apenas quando se sentem superiores a ela”.

Natascha lutou para que não fizessem dela um produto de consumo em um show freak. Obviamente, perdeu logo a simpatia do público, que em muitos casos se transformou em ódio e ameaças pela internet. Chegou a ser acusada de cumplicidade e de ganhar dinheiro com a tragédia. Como assim, aquela menina loira e de olhos azuis, que deveria agradecer comovida a todas as manifestações de bondade vindas de todos os cantos de seu país e do mundo, ousava destruir a fábula moderna da cobertura midiática?

Pois ela ousou. E é por isso que seu livro 3096 dias – A impressionante história da garota que ficou em cativeiro durante oito anos, em um dos sequestros mais longos de que se tem notícia (Verus Editora) merece ser lido. Nas 225 páginas, Natascha Kampusch apropria-se de sua história e acerta suas contas – especialmente consigo mesma. Ao escrever a versão do que só ela viveu para contar, já que o outro protagonista está morto, eliminou qualquer possibilidade de transformarem sua vida num conto de fadas que, derrotada a fera, já teria o final feliz assegurado. Natascha Kampusch escolheu a vida, com todas as suas contradições, e não um pastiche dela – isto, quem desejava era o sequestrador.

Natascha, que leu muito no cativeiro, se expressa bem. Não é apenas a ajuda que teve para escrever o livro que garante a densidade da narrativa, mas sua capacidade de refletir e analisar o vivido torna-se bem clara também nas entrevistas que dá à imprensa. Escolhi alguns trechos do livro para que nos ajudem a entender o que Natascha nos diz. E é importante o que ela nos diz para entendermos a nós mesmos – e o nosso papel nas tragédias que se sucedem no noticiário e na vida.

Natascha Kampusch começa sua narrativa escapando do mito da infância feliz. Ela não era uma alegre e saltitante Chapeuzinho Vermelho engolida por um lobo malvado quando estava a caminho da casa da avó para mais um dia perfeito. Era uma menina que tinha dúvidas sobre o amor dos pais (como a maioria de nós, aliás), que fazia xixi na cama apesar de já ter 10 anos e sentia-se desconfortável com o próprio corpo gorducho. No dia do sequestro ela tinha conquistado a liberdade de ir sozinha à escola pela primeira vez, um trajeto de cinco minutos. Estava apavorada com a nova aventura, o que pode ter sido pressentido por Priklopil, um homem que conhecia muito bem o sentimento do medo em sua própria pele e se sentia totalmente deslocado no mundo exterior.

“Hoje acredito que, ao cometer um crime terrível, Wolfgang Priklopil queria apenas criar seu próprio mundinho perfeito, com uma pessoa que estivesse ali só para ele. Provavelmente ele nunca teria podido fazer isso do jeito normal e decidira, assim, forçar e modelar alguém para isso. Em essência, ele não queria nada mais do que as outras pessoas: amor, aprovação, calor. Queria alguém para quem ele fosse a pessoa mais importante do mundo. Ele parecia não ter visto outro modo de conseguir isso senão sequestrando uma menina tímida de 10 anos e a afastando do mundo exterior, até que ela estivesse tão psicologicamente alheia que ele pudesse ‘recriá-la’. (…)

Ele precisava daquele crime insano para concretizar sua visão de um mundo perfeito e intacto. Mas, no fim, realmente queria apenas duas coisas de mim: aprovação e afeto. Como se o objetivo por trás de toda aquela crueldade fosse forçar uma pessoa a amá-lo incondicionalmente.”

As torturas se intensificaram justamente quando Priklopil percebeu que, apesar de tirar-lhe o espelho para que não tivesse nenhuma imagem de si, batizá-la com um novo nome e proibi-la de pronunciar o antigo, ele não conseguia dobrar Natascha. E a vida idílica que esperava ter com sua mulherzinha/escrava dentro de casa, longe dos olhos do mundo, era impossível. Era impossível especialmente para ele, que se tornava cada vez mais temeroso do mundo lá fora. E mais desesperado com o de dentro, onde a menina crescia e se tornava mulher, algo com que ele nunca tinha lidado muito bem.

“Se eu tivesse apenas o odiado, esse ódio teria me consumido e me tirado a força de que eu precisava para sobreviver. Como naquele momento pude captar um lampejo do ser humano pequeno, desorientado e fraco por trás da máscara do sequestrador, pude me aproximar dele. Então, olhei em seus olhos e disse:

– Eu perdoo você, porque todo mundo erra às vezes.

Foi um passo que pode parecer estranho e doentio para muitas pessoas. Afinal de contas, o ‘erro’ dele custara minha liberdade. Mas era a única coisa a fazer. Eu tinha de conseguir conviver com aquele homem, caso contrário não sobreviveria.”

Em vários momentos do livro, Natascha mostra como o perdão tornou-se um instrumento poderoso nessa relação delicadíssima, em que o sequestrador tinha literalmente a vida dela nas mãos. Perdoar a tornava potente – e não apenas passiva. Alterava o equilíbrio de forças entre os dois. Ela passou oito anos e meio recusando-se a chamá-lo de “mestre” e a ajoelhar-se diante dele, mesmo que fosse espancada por isso.

O confronto de Natascha com o mundo de fora é revelador menos da vítima e do sequestrador – mais da sociedade, de nós. Imagine a cena. Ela corre para longe do seu sequestrador, depois de mais de oito anos de cativeiro. Diz às primeiras três pessoas que encontra, uma criança e dois homens adultos: “Vocês têm de me ajudar! Preciso de um celular para chamar a polícia! Por favor!”. A resposta foi: “Não podemos. Não trouxe meu celular”. Pense bem no que você faria diante da situação, antes de acusar a monstruosidade dessa resposta.

Em seguida ela atravessa vários jardins, salta cercas e vê uma mulher na janela da casa. Ela bate na janela e diz: “Por favor, me ajude! Chame a polícia! Fui sequestrada. Chame a polícia!” A mulher reage dizendo: “O que você está fazendo no meu jardim? O que você quer?”. Ela dá seu nome completo, explica que foi seqüestrada e que ela precisa chamar a polícia. A mulher retruca: “Por que você veio justo até a minha casa?” Então hesita: “Espere na cerca viva. E não pise no gramado!”. Antes de julgar a mulher da janela – e acho que devemos julgar, sim – vale a pena nos perguntarmos o que faríamos nessa situação.

Mais tarde, os próprios policiais tratariam Natascha com desprezo por ela não ter permitido que seguissem se comportando como seus salvadores. Pelo contrário. Ficaria provado, num escândalo posterior, que seu caso foi uma combinação de desleixo com incompetência. Que havia uma pista sólida sobre o sequestrador e a localização do cativeiro e que esta pista nunca foi investigada. Os documentos que atestavam o descaso desapareceram e só mais tarde a fraude foi desmascarada.

Enquanto isso, Natascha foi atormentada por interrogatórios infindáveis com o objetivo de obrigá-la a afirmar que estava sendo chantageada por cúmplices, que fora sequestrada por uma quadrilha – enfim, que a força policial não havia sido vencida por seus próprios erros e por um homenzinho tímido e frágil que esteve o tempo todo ali, a apenas alguns quilômetros da casa da vítima.

“As autoridades começaram a me tratar diferente com o passar do tempo. Fiquei com a impressão de que, de certo modo, eles se ressentiam do fato de que eu me libertara sozinha. Nesse caso, eles não eram os salvadores, mas aqueles que haviam falhado durante anos”.

Quando Natascha se recusou a representar o papel de vítima passiva do “monstro sexual”, foi odiada e ridicularizada. Os mais bonzinhos, com seus diplomas na parede e sua condescendência profissional, trataram de carimbar o diagnóstico definitivo na sua testa. A patologia de sempre: “Síndrome de Estocolmo”. Mas deixemos que Natascha fale, porque ela se defende com muita propriedade também dos bem intencionados.

“As coisas não são totalmente pretas ou brancas. E ninguém é totalmente bom ou mau. Isso também vale para o sequestrador. Essas são palavras que as pessoas não gostam de ouvir de uma vítima de sequestro. Porque os conceitos de bem e mau já estão claramente definidos, conceitos que as pessoas querem aceitar para não perder o rumo em um mundo cheio de tons de cinza.

Quando falo sobre isso, posso ver a confusão e o repúdio no rosto de muitas pessoas que não estavam lá. A empatia que sentem pela minha história se congela e se transforma em negação. Pessoas que não têm ideia da complexidade do cativeiro me negam a capacidade de julgar minhas próprias experiências ao pronunciar três palavras: ‘Síndrome de Estocolmo’.

Síndrome de Estocolmo é um termo usado para descrever um fenômeno psicológico em que os reféns manifestam sentimentos positivos em relação aos sequestradores. Esses sentimentos fazem com que as vítimas simpatizem ou mesmo colaborem com os criminosos – isto é o que dizem os compêndios. Um diagnóstico classificatório que rejeito enfaticamente. Por mais simpático que pareça ser o uso do termo, seu efeito é terrível, pois transforma as vítimas em vítimas novamente, ao tirar delas a capacidade de interpretar a própria história e ao transformar as experiências mais significativas em produto de uma síndrome. (o grifo é meu)

O termo aproxima de algo censurável o próprio comportamento que contribui significativamente para a sobrevivência da vítima. Aproximar-se do sequestrador não é uma doença. Criar um casulo de normalidade no âmbito de um crime não é uma síndrome. É justamente o oposto. É uma estratégia de sobrevivência em uma situação sem saída – e é muito mais verdadeiro que a ampla categorização dos criminosos como bestas sanguinolentas e das vítimas como cordeiros indefesos, na qual a sociedade quer se basear”.

Dá para entender por que, passado o clamor inicial, Natascha Kampusch tornou-se uma vítima indigesta.

Chegaram a sugerir a Natascha que trocasse de nome para não ser assinalada pelo que viveu. Como se isso fosse possível. E, caso fosse possível, como se anular seu passado não anulasse com ele uma parte essencial de si mesma. “Que tipo de vida seria essa, especialmente para alguém como eu, que durante os anos de cativeiro lutara para não perder a identidade?”, questiona.

Com surpreendente maturidade, Natascha entendeu que só tem uma vida aqueles que aceitam as suas marcas como parte do vivido, mas não como tudo o que são. E assim, ela não se fixou nas marcas nem se deixou paralisar pelo lugar de vítima eterna. Natascha Kampusch seguiu com seu corpo e sua vida marcada em direção ao futuro, pronta para ser tatuada por novas experiências. Como é, afinal, a vida de todos nós.

Natascha Kampusch não era Chapeuzinho Vermelho e, se Wolfgang Priklopil era um lobo, era um bem patético. Ela não teve a chance de ouvir os contos de fadas muitas e muitas vezes na hora de dormir para ter certeza de que o horror não aconteceria com ela, como se passa nas noites das crianças sortudas. Natascha foi arrancada da infância para ser a escrava de um adulto perturbado e talvez tão assustado quanto ela. E o horror continuava lá quando acordava presa em um porão escuro.

Aos 22 anos, Natascha precisou transformar o vivido em história contada. Para ser capaz de libertar-se e seguir adiante, porém, era fundamental ser fiel à complexidade da vida e às nuances dos personagens. Queriam dela mais um remake estereotipado do que costuma ser contado e recontado em tragédias espetaculosas. Ela respondeu com uma narrativa que nos implica a todos. É por ter se negado a dar respostas fáceis ao mundo que a assistia que não a perdoam. Mas esta é a história que a Natascha adulta pode contar a si mesma tantas vezes quanto forem necessárias e acordar no dia seguinte sabendo quem é.

Seu livro é uma boa leitura para todos, possivelmente essencial para policiais, advogados, promotores e juízes, para assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras e psicanalistas – e, sim, para jornalistas. Se eu fosse professora de alguma faculdade de jornalismo consideraria bibliografia obrigatória. O testemunho de Natascha pode nos ajudar a cometer menos atrocidades nas coberturas das tragédias que se sucedem no noticiário.

Sobre sua relação com a imprensa, Natascha escreve o seguinte:

“Eu nunca abriria mão da minha identidade. E me apresentei diante das câmeras com meu nome completo e sem disfarces, e ofereci um vislumbre do tempo do cativeiro. Mas, apesar da minha franqueza, os meios de comunicação não me deixavam em paz. Eram dezenas de manchetes, e especulações cada vez mais absurdas dominavam o noticiário. Parecia que a verdade terrível não era terrível o bastante, então eles acrescentavam coisas muito além do suportável, negando, com isso, minha autoridade como intérprete do que eu vivera. (…)

Fui percebendo que caíra em outra prisão. Centímetro a centímetro, as paredes que substituíram o cativeiro se tornaram visíveis. Eram mais sutis, construídas com o interesse público excessivo, que julgava cada movimento meu. Assim, coisas simples como pegar o metrô ou ir ao shopping em paz se tornaram impossíveis para mim. Acreditei que, ao satisfazer a curiosidade da mídia, seria capaz de retomar minha própria história. Só depois descobri que uma tentativa como essa nunca teria êxito. Nesse mundo que buscava por mim, a questão não era eu. Eu me tornara conhecida por causa de um crime terrível. O sequestrador estava morto – não havia um caso Priklopil. Eu era o caso: o caso Natascha Kampusch.”

Ela vai mais além. Vai até o fim.

“Depois da fuga, fiquei surpresa – não pelo fato de que eu, como vítima, fosse capaz de fazer essa diferenciação, mas de que a sociedade na qual entrara após meu cativeiro não permitisse a menor nuance. Como se eu não pudesse refletir de maneira alguma sobre a pessoa que fora a única em minha vida durante oito anos e meio. Não posso nem aludir ao fato de que preciso desse recurso para tentar superar o que aconteceu sem despertar incompreensão.

Ao mesmo tempo, percebi que, em certa medida, também idealizei a sociedade. Vivemos em um mundo em que as mulheres apanham e são incapazes de abandonar o homem que bate nelas, embora, em tese, a porta esteja aberta. Uma em cada quatro mulheres é vítima de violência extrema. Uma em cada duas mulheres sofre assédio sexual durante a vida. Esses crimes estão em toda parte e podem ocorrer atrás de qualquer porta do país, em qualquer dia, e talvez só provoquem um dar de ombros ou uma indignação superficial.

Nossa sociedade precisa de criminosos como Wolfgang Priklopil para dar um rosto ao mal e afastá-lo dela mesma. É preciso ver imagens desses porões para que não se vejam os muitos lares em que a violência ergue sua face burguesa e conformista. A sociedade usa as vítimas desses casos sensacionalistas, como o meu, para se despir da responsabilidade pelas muitas vítimas sem nome dos crimes praticados diariamente, vítimas que não recebem ajuda – mesmo quando pedem.

Crimes assim, como o que foi cometido contra mim, formam a estrutura austera, em branco e preto, das categorias de Bom e Mau nas quais a sociedade se baseia. O criminoso deve ser um monstro, para que possamos nos ver no lado dos bons. O crime deve ser acrescido de fantasias sadomasoquistas e orgias selvagens, até que seja tão extremo que não tenha mais nada a ver com nossa própria vida.

E a vítima deve ficar destruída e permanecer assim, para que a externalização do mal seja possível. A vítima que se recusa a assumir esse papel contradiz a visão simplista da sociedade. Ninguém quer ver isso, porque, caso contrário, as pessoas teriam de olhar para dentro de si mesmas”.

A história que Natascha Kampusch escolheu contar foge de todas as simplificações. E por isso ela pagou – e vem pagando – um preço alto. Me pergunto de onde essa garota presa e torturada por um homem solitário e instável durante mais de oito anos conseguiu forças e lucidez para continuar brigando pela integridade do que é. Não mais agora contra Wolfgang Priklopil, mas contra todos nós que queremos reduzi-la às necessidades de nosso voraz apetite por vítimas. Ao nosso desespero por uma normalidade que só existe em nossas fantasias, à categorização simplista do bem e do mal – onde todos estamos, claro, sempre no lado do bem.

Suponho que, logo após a fuga, Natascha Kampusch tenha percebido que não podia se deixar sequestrar novamente – agora não mais pelo criminoso de um só rosto, mas pela sociedade que tentava aprisioná-la em rótulos fáceis, convenientes para todos menos para ela. Assumiu o preço sempre custoso da liberdade e vem tentando ditar suas próprias regras. Algo como: “Ah, vocês esperavam ser salvos? Desculpa, mas não à custa da minha vida”.

Este livro é um manifesto de afirmação de sua identidade. Com toda a inteireza de sua experiência. À Natascha Kampusch, meu máximo respeito. Espero que ela continue nos mandando passear e siga com a sua vida.

domingo, 12 de junho de 2011

Especial dia Dos Namorados

Hj Dia dos Namorados um dia especial pra curtir aquela pessoa que vc ama, e nada melhor que assistir a um bom filme ao lado do seu amado (a).
Aqui vai algumas dicas de filmes que eu tanto amo e que as vezes pode ajudar a complementar o dia de hj!!!




Simplismente Amor O novo Primeiro-Ministro da Inglaterra (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias, Natalie (Martine McCutcheon). Numa tentativa de curar seu coração, um escritor (Colin Firth) parte para o sul da França e lá acaba se apaixonando. Karen (Emma Thompson) desconfia que Harry (Alan Rickman), seu marido, a está traindo. Juliet (Keira Knightley), que se casou recentemente, desconfia dos olhares e intenções de Mark (Andrew Lincoln), o melhor amigo de seu marido. Sam (Thomas Sangster) tem por objetivo chamar a atenção da garota mais difícil da escola. Sarah (Laura Linney) enfim tem a grande chance de sair com Karl (Rodrigo Santoro), por quem mantém uma paixão silenciosa. Billy Mack (Bill Nighy) busca retomar sua carreira como astro do rock. A vida de todos estes personagens se entrelaçam e são modificadas pela presença do amor em suas vidas. Adoro a trilha sonora desse filme.



O Fabuloso Destino de Amelie Poulain Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ¬ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.



Wall- e Para uqem gosta de animações , nada melhor que este filme, fofo e super bem feito. Todos sabem que o plano de fundo desse filme é o amor de Wall-e pela Eva. Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.



Eu odeio o dia dos namorados Genevieve (Nia Vardalos) é dona de uma floricultura e adora tudo relacionado ao Dia dos Namorados, afinal de contas é a época em que tem um grande aumento nas vendas. Para relacionamentos ela segue uma receita até então infalível: tem apenas cinco encontros, o que evita que passe pelo sofrimento inevitável dos romances. Isto faz com que ela se torne uma espécie de conselheira sentimental, para amigos e vizinhos. Quando Greg (John Corbett) abre um restaurante próximo, Genevieve logo percebe que ele tem dificuldades com mulheres. Ela explica sua tática e eles decidem aproveitar os cinco encontros. Só que ele deseja continuar o relacionamento, o que faz com que ela se depare com seus medos.



O Amor não tira férias um dos meus filmes preferidos; Iris Simpkins (Kate Winslet) escreve uma coluna sobre casamento bastante conhecida no Daily Telegraph, de Londres. Ela está apaixonada por Jasper (Rufus Sewell), mas logo descobre que ele está prestes a se casar com outra. Bem longe dali, em Los Angeles, está Amanda Woods (Cameron Diaz), dona de uma próspera agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes. Após descobrir que seu namorado Ethan (Edward Burns) não tem sido fiel, Amanda encontra na internet um site especializado em intercâmbio de casas. Ela e Iris entram em contato e combinam a troca de suas casas, com Iris indo para a luxuosa casa de Amanda e esta indo para a cabana no interior da Inglaterra de Iris. Logo a mudança trará reflexos na vida amorosa de ambas, com Iris conhecendo Miles (Jack Black), um compositor de cinema que trabalha com Ethan, e Amanda se envolvendo com Graham (Jude Law), irmão de Iris.



Idas e Vindas do Amor do diretor Gary Marshal (Uma linda mulher), 'Idas e Vindas do Amor' nos traz um elenco de astros e estrelas vivendo as
histórias de um grupo de habitantes de Los Angeles com pouco em comum, cujas
vidas se cruzam, em meio a romances e corações partidos, durante um Dia dos
Namorados. Casais e solteiros vivenciam os altos e baixos de encontrar, manter ou
terminar relacionamentos no dia do amor.
O elenco é sensacional : Jessica Alba, Jessica Biel, Bradley Cooper, Eric Dane, Patrick Dempsey, Hector Elizondo, Jamie Foxx, Jennifer Garner, Topher Grace, Anne Hathaway, Queen Latifah, Shirley MacLaine, Emma Roberts, Julia Roberts, Taylor Lautner, Taylor Swift, Ashton Kutcher, Carter Jenkins, Brooklynn Proulx.. Um filme bem água com açúcar , com umas pitadas de comédia.



Uma linda mulher Magnata perdido (Richard Gere) pede ajuda uma prostituta (Julia Roberts) que "trabalha" no Hollywood Boulevard e acaba contratando-a por uma semana. Neste período ela se transforma em uma elegante jovem para poder acompanhá-lo em seus compromissos sociais, mas os dois começam a se envolver e a relação patrão/empregado se modifica para um relacionamento entre homem e mulher



O Som do Coração August Rush (Freddie Highmore) é resultado de um encontro casual entre um guitarrista e uma violoncelista. Crescido em orfanato e dotado de um dom musical impressionante, ele se apresenta nas ruas de Nova York ao lado do divertido Wizard (Robin Williams). Contando apenas com seu talento musical, August decide usá-lo para tentar reencontrar seus pais.
O que mais me encanta é o dom musical de August. É maravilhoso!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Trilogia Millennium



Finalmente após um longo período de férias do blog (a falta de tempo foi meu maior inimigo) resolvi voltar falando de uma trilogia que me marcou muito esse ano, a Trilogia Millennium.
Primeiro falar do Escritor Stieg Larsson que faleceu aos cinquenta anos (em 2004) logo após entregar aos seus editores o manuscritos da Trilogia Millenium , uma morte trágica em que o próprio autor não conseguiu ver e viver o fenomeno literario que se transformou a sua Obra.
Em 2008, ele foi o segundo autor mais vendido no mundo, atrás do autor Afegão-Americano Khaled Hosseini.
Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na vizinhança de Hedestad, Suécia. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.(Sinopse - Wikipédia)
Sempre que recomendo essa trilogia faço uma ressalva, se você começar a ler o volume 1 , você está ferrado, não consiguirá largar a obra até terminar a última página do último volume da Obra. A primeira parte da Trilogia, a sinopse já deixa a curiosidade falar mais alto. Tem tudo que uma Obra policial tem que ter, personagens instigantes, uma hitória com um grande mistério, e o autor vai desenrrolando a história dando informações a conta gotas. Isso para mim é um grande favor que o autor nos faz, não se consegue largar o livro até terminar de ler todas as páginas. Ele penetra fundo no perfil de cada personagem e isso, para alguns, pode ser maçante, mas é essencial para os próximos livros. Tem uma parte do livro que quando li pensei comigo, “pra que essa parte ta história foi contada sendo que não tem nenhuma ligação com a trama principal do livro?” Como me enganei.... é o gatilho para o desenrrolar da história nos próximos livros...
A menina que brincava com fogo Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados - um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis, e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados (Sinopse - Wikipédia).
O segundo é tão bom quanto o primeiro. Envolvente, Quente, inesperado, cativante, instigante.. etc etc etc... Só elogios!!!
Entra personagens novos, tão bons quanto o núcleo principal. E a história principal promete ser maior e melhor que a do primeiro. O final é tenso, e surpreendente.
Também nos pega desprevinido e não larga mais.
Lisbeth Salander é a minha personagem preferida, uma antiheroina fantastica, destemida e determinada a condenar qualquer um que entre no seu caminho.
Mikael Blomkvist é o mocinho tipico, honesto, sincero e determinado a defender a “mocinha”.
A Rainha do Castelo de ar Mikael Blomkvist está furioso. Furioso com o serviço secreto sueco, que, para proteger um assassino, internou Lisbeth Salander na época com apenas doze anos num hospital psiquiátrico e depois deu um jeito de declará-la incapaz. Furioso com a polícia que agora quer indiciar Lisbeth por uma série de crimes que ela não cometeu. Furioso com a imprensa, que se compromete em pintar a moça como psicopata e lésbica satânica. Furioso com a promotoria pública, que pretende pedir que ela seja internada de novo, desta vez ao que parece para sempre. Enquanto Lisbeth recupera-se num hospital de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, Mikael procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se ela quer uma oportunidade para dar o troco. Com a ajuda de Mikael, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do estado sueco, um complô em cujo centro está o pai dela, um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes. (Sinopse - Wikipédia).
E pra finalizar, a última parte termina de forma magnifica. Concluindo e desvendando todos os mistérios jogados a conta gotas no decorrer da trama. Uma História muito maior , o enredo vira uma bola de neve, e vai só acumulando mais perguntas. Mas a medida que se le o livro agente já saca como vai terminar, mas o final é maior do que se imagina. E fica aquele gostinho de quero mais. Fiquei com a sensação de que Stieg Larsson continuaria a história se pudesse.
Recomendo totalmente.... no próximo post vou falar sobre os filme... Assiti o primeiro e o segundo... já aviso de anti mão que lógico não se equipara ao livro, maaaaaaaasssss consegue surpreender... vou ali agora assistir o ultimo filme e conto logo logo para vcs!!!
Baci

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

OSCAR 2011

E a tão badalada premiação do cinema mundial está com data prevista para o dia 27 de fevereiro, próximo domingo. Eu fico doidinha com essas premiações, sendo ainda mais o OSCAR.
Ainda não consegui assistir a todos os filmes indicados mas adoro fazer um bolão ahuhuahuah
e hj vou publicar aqui e acompanhar a premiação no twitter, esse FDS... vcs querem dar os seus palpites tb?
bora lá..

O Discurso do Rei lidera, presente em 12 categorias, seguido de Bravura Indômita, com dez. Destaque para a presença do brasileiro Lixo Extraordinário entre os melhores documentários. A lista:

Melhor filme

Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor diretor

Darren Aronovsky - Cisne Negro
David Fincher - A Rede Social
Tom Hooper - O Discurso do Rei
David O. Russell - O Vencedor
Joel e Ethan Coen - Bravura Indômita

Nos últimos vinte anos, por cinco vezes o Oscar de Melhor Direção não acompanhou o voto de Filme. Acho que esse ano deve acontecer a mesma coisa.


Melhor ator

Jesse Eisenberg - A Rede Social
Colin Firth - O Discurso do Rei
James Franco - 127 Horas
Jeff Bridges - Bravura Indômita
Javier Bardem - Biutiful

Ele ganhou o SAG, minha aposta com certeza.. foi explendido , principal atrativo do filme.


Melhor atriz

Nicole Kidman - Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence - Inverno da Alma
Natalie Portman - Cisne Negro
Michelle Williams - Blue Valentine
Annette Bening - Minhas Mães e meu Pai

Sem sombra de dúvida, a capacidade dela de mudar completamente, transfigurar suas feições mereçe todos os prêmios. Sendo que isso já está acontecendo, Globo de ouro e SAG foi pra Natalia, belissima.

Melhor ator coadjuvante

Christian Bale - O Vencedor
Jeremy Renner - Atração Perigosa
Geoffrey Rush - O Discurso do Rei
John Hawkes - Inverno da Alma
Mark Ruffalo - Minhas Mães e meu Pai

Bale levou o prêmio SAG, eu acredito que ele merece este Oscar de lavada pela habilidade em se transformar inteiramente em outra pessoa, e nos fazer esquecer de seu tipo Bruce Wayne.

Melhor atriz coadjuvante

Amy Adams - O Vencedor Helena Bonham Carter - O Discurso do Rei
Jacki Weaver - Animal Kingdom
Melissa Leo - O Vencedor
Hailee Steinfeld - Bravura Indômita

Melhor roteiro original

Minhas Mães e meu Pai
A Origem já escolhido na conturbada premiação do WGA, o sindicato dos roteiristas.
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year

Melhor roteiro adaptado

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor longa animado

Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3

Melhor filme em lingua estrangeira

Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor

Melhor direção de arte

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

Aqui voto mais por paixão, como sou loka com Hary Potter acho que esse penúltimo filme da saga merecia o tão esperado oscar, mas ainda acho que não será dessa vez, mas não custa nada torcer né.

Melhor fotografia

Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhores efeitos visuais

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor figurino

Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Melhor montagem

Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas

Melhor maquiagem

O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor

Melhor documentário

Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo

Melhor documentário em curta-metragem

Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang
Esse nem vou chutar, sem ideia

Melhor curta-metragem

The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143
Esse nem vou chutar, sem ideia

Melhor animação em curta-metragem

Day & Night
The Gruffalo
Let's Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat - O Discurso do Rei
John Powell - Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman - 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social
Hans Zimmer - A Origem

Melhor canção original

"Coming Home" - Country Strong
"I See the Light" - Enrolados
"If I Rise" - 127 Horas
We Belong Together - Toy Story 3

Melhor edição de som

A Origem
Toy Story 3
Tron: O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhor mixagem de som

A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt

A 83a. cerimônia de entrega dos prêmios principais acontece no dia 27 de fevereiro no Kodak

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Resenha Burlesque


EU SOU APAIXONADA POR FILMES MUSICAIS, TENHO OS MEUS FAVORITISSISSISSIIIIIMOS E ESSE ACABOU DE ENTRAR PARA A LISTA.

A HISTÓRIA DESSES TIPOS DE FILMES MUITAS VEZES SE REPETE, LEMBREI MUITO DE SHOW BAR. Uma garota do interior Ali (Cristina Aguilera) se muda para Los Angeles para conseguir uma vida melhor e quer que alguém reconheça o seu talento vocal (que vamos combinar ela é extraordinária). Chega em Los Angeles e sem querer se depara com a casa de shows Burlesque e fica encantada com as danças e com muita atitude e vontade começa a trabalhar como garçonete, conhece o mocinho Jack (Stanley Tucci)então consegue um papel de dançarina ate que finalmente descobrem seu potencial vocal e Tess (Cher) a dona da casa de shows monta um show exclusivo para ela . A típica história da mocinha que encontra o mocinho, termina com mocinho, volta com mocinho e vivem felizes para sempre. Estilo show bar. Mas lógico que beeeeeem melhor;;;

Eric Dane consegue ser mais canastra que seu Dr. McSteamy, de Grey's Anatomy. Cam Gigandet tem como principal mérito sua respeitável barriga tanquinho e Stanley Tucci praticamente repete seu papel de O Diabo Veste Prada, mas ainda assim adicionando muita graça a Burlesque. Há também Alan Cumming, que normalmente é um bom ator cômico, e aqui aparece mal aproveitado.(OMELETE)

Eu fiquei meio com o pé atrás depois de ler a critica na revista Veja , criticando e muito o filme. Em alguns pontos eu concordo , a Cher poderia ter se destacado mais, cantou somente duas músicas, fiquei com gostinho de quero mais. Cristina Aguilera realmente não convence como atriz mas ela cantando era de arrepiar , seus gritos foram sensacionais, o engraçado foi a reação do público no cinema, todos pararam de respirar quando ela começou. A introdução foi simplesmente Ali dando um pequena mostra do que ela seria capaz de fazer o filme todo.
O figurino sensacional, nos mínimos detalhes.
A trilha sonora espetacular e lógico já baixei as músicas.

Mas na minha humilde opinião de grande fã do cinema por mais que tenha clichês, e atuações um pouco a desejar , eu achei esse filme o máximo... ri bastante, o elenco masculino esta impecável. Danças gostosas de se verem, musicas que ficam na cabeça . Simplesmente adorei apesar da critica cair em cima hihihi

A fala que mais gostei
“eu sou uma garota que quando vê um amigo em apuros ela faz de tudo para ajuda-lo”
It’s Who I am

Nunca imaginei que seria flertada por alguém que usa mais delineador que eu

Você não é gay?